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Morro do Itacolomi (Gravataí), 2024 - Crédito: Murilo Góes

Distâncias a Porto Alegre

* Alvorada: 16 km
* Araricá: 65 km
* Arroio dos Ratos: 59 km
* Cachoeirinha: 11 km
* Campo Bom: 48 km
* Canoas: 15 km
* Capela de Santana: 59 km
* Charqueadas: 55 km
* Dois Irmãos: 51 km
* Eldorado do Sul: 10 km
* Estância Velha: 41 km
* Esteio: 17 km
* Glorinha: 44 km
* Gravataí: 23 km
* Guaíba: 26 km
* Igrejinha: 84 km
* Ivoti: 45 km
* Montenegro: 61 km
* Nova Hartz: 69 km
* Nova Santa Rita: 23 km
* Novo Hamburgo: 35 km
* Parobé: 69 km
* Portão: 39 km
* Rolante: 91 km
* Santo Antônio da Patrulha: 73 km
* São Jerônimo: 65 km
* São Leopoldo: 27 km
* São Sebastião do Caí: 66 km
* Sapiranga: 51 km
* Sapucaia do Sul: 20 km
* Taquara: 73 km
* Triunfo: 75 km
* Viamão: 15 km

Clique na imagem e confira dados dos Municípios da RMPA

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Conceitos de Urbanização

Grande São Paulo

 

As grandes metrópoles sul-americanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Bogotá, Lima, Buenos Aires) surgiram a partir de influência da colonização portuguesa e, em especial, espanhola, em que a “praça central” é o ponto de formação do núcleo populacional, dando origem a um centro e ruas comerciais, com a presença das classes mais abastadas, a chamada elite burguesa; mais afastados do centro, ficavam os bairros de classes média e baixa.

Há, nas grandes metrópoles: áreas segregadas; áreas que conciliam ambientes urbanos e rurais – espaços em que a urbanização divide espaço com um ambiente de mais densidade natural, com características interioranas; cidades pequenas e médias que geram especificidades (polos industriais relevantes que formam redes urbanas separadas da rede urbana principal); área de interesse social, em que são necessárias políticas públicas para a melhor qualidade de vida de seus residentes; espaços em que há alta densificação e especulação imobiliária, atendendo a interesses imobiliários; espaços comerciais tradicionais em centros históricos e zonas afastadas do centro (os shopping centers).

Assim como nas principais metrópoles brasileiras e do exterior, a industrialização atraiu grandes contingentes populacionais, sobretudo a partir dos anos 1960. O êxodo rural e o aumento da oferta imobiliária e de trabalho fez crescer vertiginosamente a população urbana no Brasil.

Desde a década de 1970, existem mais habitantes em zonas urbanas do que rurais no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente (década de 2020) são 85% de pessoas vivendo em cidades. Há 80 anos eram 69% dos habitantes do país vivendo no campo. Porém, a mecanização das lavouras e os investimentos governamentais em industrialização e modernização proporcionaram uma reviravolta neste quadro.

O município de São Paulo (SP) (11 451 999 hab., IBGE, 2022) é o maior em população do Brasil, seguido de Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Curitiba (PR), Recife (PE), Goiânia (GO) e Porto Alegre (RS) (1 332 845 hab, IBGE 2022).

O lado negativo das grandes metrópoles é a segregação espacial. Grande parte do território das cidades maiores tem áreas extensas de favelas, de grandes extensões, com maior população e suscetíveis e vulneráveis aos problemas urbanos extremos – problemas de insuficiência em limpeza urbana, insegurança pública, carência em abastecimento de água e saneamento básico, ruas com pavimentação precária ou inexistente, falta de iluminação pública e alagamentos e enchentes – como as ocorridas em maio de 2024 no Rio Grande do Sul e afetaram de forma contumaz e devastadora o Estado, às quais abordaremos mais adiante.

Em contrapartida, espaços menores, que provocam gentrificação e especulação imobiliária, atendendo a interesses de grupos restritos, com condomínios fechados e “ilhas” de isolamento em relação ao espaço urbano, provocam disparidades e desigualdade sociais no sistema urbano das metrópoles (e já vem ocorrendo em cidades médias e até de pequeno porte, também). Urgem políticas públicas que visem atender as necessidades de comunidades que estão tolhidas de terem sua própria residência, além de um melhor planejamento urbano e melhorias na estrutura urbana das grandes cidades.

Portanto, conhecer a dinâmica da urbanização vai introduzir-se para a compreensão do espaço da Região Metropolitana de Porto Alegre. As Regiões Metropolitanas brasileiras abrangem quase metade da população brasileira e muitas delas já apresentam mais de 3 milhões de habitantes, inclusive em cidades-sedes do interior brasileiro, como Campinas (SP), que é um das dez maiores regiões metropolitanas do país, conforme apresentado no Quadro 1.

Quadro 1: As dez maiores Regiões Metropolitanas do Brasil

 Posição Região metropolitana Unidade federativa População
1 Região Metropolitana de São Paulo SP 21 734 682
2 Região Metropolitana do Rio de Janeiro RJ 12 763 459
3 Região Metropolitana de Belo Horizonte MG 5 961 895
4 Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno DF, MG, GO 4 627 771
5 Região Metropolitana de Porto Alegre RS 4 340 733
6 Região Metropolitana de Fortaleza CE 4 106 245
7 Região Metropolitana do Recife PE 4 079 575
8 Região Metropolitana de Salvador BA 3 929 209
9 Região Metropolitana de Curitiba PR 3 654 960
10 Região Metropolitana de Campinas SP 3 264 915
FONTE: IBGE

 

Cada cidade tem sua especificidade, potencialidade principal, função e origem. São Paulo obteve crescimento pela cultura do café; Rio de Janeiro se destaca – em função contemporânea de crescimento – pelo turismo; Recife pela cultura da cana-de-açúcar; Belo Horizonte é uma cidade planejada, mas a antiga capital mineira, Ouro Preto, surgiu da mineração; Brasília tem função política, por ter sido idealizada e planejada para ser a sede do Governo do País, etc.

Porto Alegre teve sua origem na vinda de casais vindos do arquipélago português dos Açores, por volta de 1742. Obteve grandes funções ao longo de sua história: militares, portuárias, comerciais, educacionais, rodoviárias, religiosas. Tornou-se uma Metrópole Regional que estendeu sua influência para metade de Santa Catarina e, após à expansão das Fronteiras Agrícolas, na década de 1970 – as “terras mais baratas” que os gaúchos compravam para realizar produção de soja, milho e outros produtos – também influenciou municípios de estados como PR, MS, MT, MG, GO, PI, AM, AC, RO e RR, entre outros.

A urbanização gera uma forte influência de um centro principal para outros centros urbanos próximos ou um pouco distantes. Daí surgiram as Regiões Metropolitanas, áreas compostas por uma cidade maior (a metrópole) que exercem influência em municípios vizinhos, formando uma extensa área urbana e muitas vezes contínua, em que não se percebem de imediato os limites municipais (a conurbação). Antes determinadas pelo IBGE, elas podem ser criadas através de Decretos Estaduais, Leis Complementares e Assembleias Legislativas. Os Estados tem autonomia para criá-las.

Os municípios integrantes das regiões metropolitanas recebem grandes participações nos fundos municipais e mais investimentos do poder público para melhorias em seu território.

O que significa Região Metropolitana?

Anteriormente, foi sugerido um conceito de Região Metropolitana. Agora, será mostrado outro exemplo de significado da expressão.

A Região Metropolitana é um conjunto de diferentes municípios próximos e interligados entre si, que geralmente surgem a partir uma metrópole, uma cidade central e mais desenvolvida, formando uma grande aglomeração urbana e populacional.

O termo Metrópole vem da Grécia Antiga, baseado na chamada cidade-mãe, que tem influência nas suas cidades vizinhas e polarizando determinadas funções econômicas e sociais, sendo a principal cidade de uma determinada região.

No Brasil, o processo de industrialização (e, por consequência, a forte urbanização) ocorreu na segunda metade do século XX, de forma acelerada, generalizada e centralizadora, com o aumento no número de surgimento de cidades, por conta do poder de atração demográfica e da polarização dos setores da economia, indústria e comércio. O êxodo rural também contribuiu para o aumento da população.

Porto Alegre, com sua consolidação urbana e influência como metrópole, tinha 282 mil habitantes no final dos anos 1940; em 1991, tinha mais de um milhão de habitantes. Com o ritmo de desenvolvimento foi reduzido, por conta da diminuição dos espaços industriais na Capital Gaúcha, outros municípios passaram a receber mais contingentes populacionais. Canoas, por exemplo, chegou a 300 mil habitantes em meados dos anos 2000; cidades como Gravataí, São Leopoldo e Novo Hamburgo também tiveram grande aumento populacional nas últimas décadas, face às ofertas de empreendimentos, industriais e comerciais.

Portanto, com este vasto crescimento demográfico, surgiram a manchas urbanas e, por conseguinte, a conurbação, um elo físico entre as malhas urbanas de duas ou mais cidades, não levando em consideração os limites municipais. Outra característica importante de uma Região Metropolitana é a migração pendular diária de pessoas entre as cidades (ou seja, trabalha ou estuda num município e reside no outro, utilizando meios de transporte – ônibus, carro, metrô de superfície, catamarã e outros.

Segundo dados do IBGE, existem, em 2020, 74 regiões metropolitanas no Brasil. Os estados da Paraíba, Santa Catarina, Alagoas e Paraná tem o maior número de regiões.

 


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